Seu ufanismo nativista
não mais me comove.
Antítese sentimental monocromática
na concomitância da descoloração
do teu elemento dantes contemplativo.
Frases nuas, sem pudor
não envergonham
nem apetecem a mais ninguém.
Nem se deixam por envergonhar.
Mera passagem hostil do tempo,
na monotonia do relógio que enfeita a sala
fabricado por seu João.
Jogai o cuco pútrido nos teus quintos.
Corra atrás do nada,
eu não estou lá.
Enquanto minhas lágrimas
guardadas com tanto esmero
não me umedecem,
Encontra as quatro paredes brancas
vazias e frias de sossego.
A minha nuvem desenhada a flores
de cor vermelha, de coração lapidado,
me conforta agora como nunca fora
confortada entre tantos lençóis.
Oie =) . Vida à Três foi uma das poesias que mais gostei, mesmo tendo que olhar no dicionário algumas palavras =]. Destaque para o trecho "Corra atras do nada/eu não estou lá./Enquanto minhas lágrimas/guardadas com tanto esmero/não me umedecem/Encontra as quatro paredes brancas vazias e frias de sossego", o porque não sei dizer ao certo, mais me lembra trechos de poesia do Ultra-romantismo que tratam de agonia/lamento(rs, que eu gosto). Mais uma vez, parabéns aninha :). Bjus. Acson
ResponderExcluirOlá pessoa, na verdade 'Minha musa do mpb' XD
ResponderExcluirFiquei instigada com suas poesias mas queria ler uma de cada vez e comentá-las sempre que puder ^^
'Corro atrás do nada
eu não estou lá'
Acho que essa 'corrida' nunca tem fim ou teria algum? As imagens que me remetem sua poesia são bem contraditórias, achei muito legal, fazia tempo que não lia alguma poesia de alguém próximo que me inspirasse *-*
oi, leni! sabe, eu acho que essa 'corrida' não tem mesmo um fim, pois enquanto o homem corre atrás do eu-lírico, este já está liberto de uma relação que outrora o deixou cego, melancólico e 'encarcerado' (respectivamente). e pra mim, liberdade é sinônimo de vastidão, liberdade é infinda.
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