quarta-feira, 17 de março de 2010

Fluência em Adágio

Olho pro céu:
está vazio.
O Frio enche meus pulmões,
o silêncio do vento fala comigo.

A luz fraqueja.
A noite late.
A dança da solidão
está estável no concreto.

Meu sangue vagueia
latino ou não.
Voracidade do viver.
Renasci.

O Sol ardente da manhã
tarda a chegar.
Mais uma manhã fosca
de chão queimado,
asfalto seco,
olhos molhados.

Antes que a Lua se vá,
Choverá.
Daqui a alguns dias,
Doce ilusão.

O céu de todos nós
está vazio.
E se envaidece com novos ventos
de silêncios que falam comigo.

O Sol ardente da manhã
tarda a chegar.
Novo dia embaçado
de chão queimado, asfalto seco e olhos molhados.

Antes que a lua se vá
trazendo uma esfera de energia.
Antes que a luz não mais fraqueje
e a noite cesse o seu rugir,
Choverá.

Gira-lua,
sem solidão.
O Sangue pulsa,
latino ou não.
A Cor renasce,
doce ilusão.