quarta-feira, 17 de março de 2010

Fluência em Adágio

Olho pro céu:
está vazio.
O Frio enche meus pulmões,
o silêncio do vento fala comigo.

A luz fraqueja.
A noite late.
A dança da solidão
está estável no concreto.

Meu sangue vagueia
latino ou não.
Voracidade do viver.
Renasci.

O Sol ardente da manhã
tarda a chegar.
Mais uma manhã fosca
de chão queimado,
asfalto seco,
olhos molhados.

Antes que a Lua se vá,
Choverá.
Daqui a alguns dias,
Doce ilusão.

O céu de todos nós
está vazio.
E se envaidece com novos ventos
de silêncios que falam comigo.

O Sol ardente da manhã
tarda a chegar.
Novo dia embaçado
de chão queimado, asfalto seco e olhos molhados.

Antes que a lua se vá
trazendo uma esfera de energia.
Antes que a luz não mais fraqueje
e a noite cesse o seu rugir,
Choverá.

Gira-lua,
sem solidão.
O Sangue pulsa,
latino ou não.
A Cor renasce,
doce ilusão.

4 comentários:

  1. nossa, gabi *-* que fluencia com as palavras! vc consegue transmitir a essencia das suas mensagens. valorizo, hein. parabens :*

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  2. Gabi, fico sempre muito feliz quando encontro mais um ser com tamanha sensibilidade,e quer saber? Acredito no poder na palavra, do sentimento escrito e este não pode ser escondido, tb demorei muito tempo para me expressar além do meu caderno, mas acabei ganhando o blog e não páro mais e não devemos.Linda sua poesia, 'dança da solidão', ela tem todos os elementos que me inspiram: lua, sol, solidão,sangue que pulsa, chuva, caraca, parabénsssssssss menina!Beijo grande!

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  3. Eu senti essa poesia :)) Acho tão legal sua criatividade mesclada com sensibilidade. *-*
    Beijinhos :*

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  4. vc provocou em mim as sensações de cada palavra na poesia. DEi valor demaais :)

    /alinee

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